Prefeito convoca coletiva de imprensa e fala sobre a liminar que liberou o atendimento no Pronto-Socorro, vereadores participam
Na manhã desta quinta-feira (6/4) o prefeito Roberto Farias (PMDB), os vereadores Dr. Joãozinho (PDT), Dr. Cleber (DEM), Jaime Rodrigues (PMDB), Zé Gota (PRB) e Garrincha dos Animais (PV) e o secretário de saúde, José Jacó, falaram sobre a interdição parcial do Pronto-Socorro e a liberação através da liminar.
A interdição aconteceu na tarde de ontem (5) através da ação da vigilância sanitária do Estado de Mato Grosso, devido o descumprimento de um TAC por parte do governo do Estado, firmado junto ao Ministério Público em 2007, deixando o hospital durante seis horas funcionando parcialmente. Através da liminar que o juiz de direito, Carlos Augusto Ferrari, concedeu foi suspensa a interdição, liberando o atendimento no hospital e pronto-socorro municipal Milton Correia Morbeck, justificando que a decisão busca salvaguardar o acesso mínimo à saúde pela população.
O prefeito agradeceu o bom senso do juiz e ressaltou que Barra do Garças cumpriu com o Termo de Ajustamento de Conduta. “Fomos surpreendidos com uma ação da vigilância sanitária que fechou parcialmente o Pronto-Socorro, não dando a nós o direito contraditório e de argumentação. A prefeitura está fazendo a parte dela e o governo todos os meses não repassa a quantidade necessária para adequação e manutenção do hospital”.
O secretário, José Jacó, explicou que o pedido de fiscalização da vigilância sanitária partiu do promotor Paulo Henrique. “No relatório da vigilância é pedido que sejam ampliadas a lavanderia e a cozinha, essa ampliação fazia parte do acordo assinado pelo governo do Estado, que assim como a vinda de mais 20 leitos de UTI e dez leitos para a UTI neonatal, não foram cumpridos. Nosso objetivo é que o Estado assuma o compromisso e cumpra o cronograma”.
“Estive com o secretário de saúde do governo do Estado cobrando o repasse correto para Barra do Garças. Acredito que se os cronogramas fossem cumpridos não precisaríamos mais passar por essa situação”, colocou o vereador Zé Gota.
“33 municípios são dependentes do Pronto-Socorro de Barra do Garças, e na minha opinião o Ministério Público não deveria entrar com uma ação que prejudica mais de 300 mil pessoas que precisam de atendimento. Esperamos que o governador cumpra o TAC e pague as contas da saúde da nossa região”, pontua o vereador Jaime Rodrigues.
Para o vereador Dr. Joãozinho a responsabilidade é toda do Estado. “A responsabilidade do que aconteceu é do Estado, porque todos os meses a prefeitura precisa retirar verba de outras pastas para ser repassada para manter a saúde do nosso município. Fechar o Pronto-Socorro não seria a melhor medida, porque se deixarmos na mão exclusivamente do Estado, vamos deixar de atender o cidadão barra-garcense, precisamos unir forças”.
“Barra do Garças precisa estar unida para que possamos resolver este problema. O Governador sabe que precisamos desse repasse e pressionar o governo é o que estamos fazendo para que ele assuma a responsabilidade e colabore, porque sem dinheiro não se mantém a saúde”, justifica o vereador, Dr. Cleber.
O vereador Murilo Valoes disse ter ficado feliz com a atitude do juiz. “O Dr. Augusto foi muito sensível em conceder a liminar para a reativação completa do hospital. Sabemos que o atual governo abandonou a saúde, e o que temos que fazer como vereador é pressioná-lo para que Barra do Garças e região não sofra as consequências por ingerência do governador Pedro Taques”.
“É um absurdo o que nossa cidade e as cidades vizinhas estão passando com a falta de repasse. Esperamos que a audiência marcada com o Governador resolva de uma vez esse problema”, disse o vereador Garrincha dos Animais.