Br Tran diz que vai devolver dinheiro de clientes que foram cobrados de maneira irregular; Dr. Cleber convoca população a não pagar estacionamento rotativo
A nota só foi emitida após os vereadores, durante a sessão de segunda-feira (12/3), encaminharem um pedido de ação popular para reverter ato lesivo a moralidade administrativa. Além disso, os vereadores encaminharam o requerimento nº 34/2018 pedindo esclarecimentos sobre os critérios que foram utilizados pela concessionária para cobrança que passou de R$ 2 para R$ 6, caracterizando cobrança sem embasamento no contrato da concessão, solicitando que a empresa se manifestasse no prazo de 24 horas.
Como a cobrança de R$ 6 foi cancelada e a empresa se manifestou, a Câmara não precisou dar prosseguimento ao processo.
O vereador Zé Gota (PRB) já tinha encaminhado na última quinta-feira (8/3) ofício ao Diretor da BR Tran solicitando presença na sessão de segunda, para esclarecimento sobre as atividades do estacionamento rotativo, especificamente sobre a cobrança abusiva de uma nova taxa. “Essa concessionária acha que a Barra é uma terra sem lei, é vergonhoso, um absurdo, virou uma palhaçada. Só existe uma solução, acabar com a faixa azul”.
Nenhum representante da BR Tran compareceu à sessão. O que deixou os vereadores furiosos.
O vereador Dr. Cleber (DEM), em discurso durante o grande expediente, desabafou e convocou a população a não pagar a taxa do estacionamento rotativo. “Essa licitação foi uma lambança. Essa empresa é porcaria, porcaria”, repetiu.
Ele segue dizendo que “o Gaeco descobriu em investigação que a empresa nunca emitiu uma nota fiscal no Distrito Federal, ela nunca registrou um funcionário, ela nunca emitiu uma nota fiscal de ISSQN em Brasília, ela nunca emitiu um RT, isso está provado nos autos da investigação. População, não paguem, não paguem, não tem multa, não tem convênio com ninguém, nem com DETRAN, nem polícia militar, não paguem. Eles não têm competência para multar ninguém, essa empresa é pífia, saiu dos quintos dos infernos para tirar o dinheiro dos barra-garcenses, além de não comprovar experiência no ramo, o que é exigido para atuar nessa função”.
A empresa alega que o valor cobrado ocorreu devido a um erro no sistema referente ao tempo máximo de permanência na vaga para automóveis. A concessionária promete devolver qualquer valor que tenha sido cobrado de maneira irregular. Os clientes que se sentiram lesados poderão procurar a sede da empresa localizada na rua Goiás, 544, Centro, Barra do Garças.