Secretário visita obras no Parque Serra Azul para garantir reabertura até dezembro
O secretário de Estado de Meio Ambiente e vice-governador de Mato Grosso, Carlos Fávaro, visitou as obras em andamento do Parque Estadual Serra Azul (Pesa), localizado em Barra do Garças (515 km a Nordeste de Cuiabá). A visita, realizada nesta semana, visou garantir que a unidade de conservação seja reaberta até dezembro deste ano.
Fávaro percorreu, na quinta-feira (03.08), os principais pontos onde estão sendo realizadas as reformas e construções, entre elas, as guaritas da entrada principal e da escadaria da fé, que leva até o mirante do Cristo Redentor. Ele também acompanhou a manutenção das estradas e ainda foi até onde será o centro de visitantes.
“A beleza cênica do parque é incrível. Fico feliz em saber que vamos conseguir entregá-lo totalmente revitalizado à população até dezembro deste ano. A reabertura da unidade incrementará o turismo sustentável no estado, atraindo turistas das cidades vizinhas e até de outro estado, e isso aquecerá a economia local”.
Estão também no pacote de obras: a ampliação do mirante; o ordenamento do acesso à imagem de Nossa Senhora; a construção de passarelas e pergolados; instalação de bancos; reparos do Cristo, de um pequeno estacionamento, da trilha das cachoeiras do Córrego Voadeira; além da instalação de placas informativas. As obras estão sendo realizadas com recursos de R$ 1 milhão, oriundos de termo de ajustamento de conduta disponibilizado pelo Ministério Público Estadual (MPE). O recurso está divido em parcelas de quatro anos.
A fim de facilitar o atendimento da demanda do parque, Fávaro garantiu que em 10 dias o veículo 0 Km Miltsubishi L-200 com tração 4x4 já adquirido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) será enviado para o parque. Atualmente, o local está aberto somente para instituições de ensino realizarem aulas de campo e pesquisas. “Agradeço o empenho dos servidores da Sema e também o apoio do promotor de Justiça, doutor Marcos Brant, por disponibilizar o recurso da compensação ambiental e a sensibilidade dele em entender a importância dessa reforma”.
Além do MP, a obra conta com o apoio da Prefeitura da cidade, por meio das Secretarias Municipais de Meio Ambiente e Urbanismo e de Transportes e Serviços Públicos. A gerente do parque, Cristiane Schnepfleitner, informa ainda que foi assinado, na sexta-feira (04.08), um termo de cooperação técnica com a Prefeitura. Com isso, o MP irá ceder três servidores para trabalhar no parque.
Está sendo providenciada também uma parceria com a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secitec) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT) para que disponibilizem estudantes que serão estagiários na unidade para prestar orientações aos turistas. As Associações Amigos dos Animais e Aliança da Terra também são outros parceiros do trabalho.
“A visita do secretário é importante, porque ele pôde ver de perto os trabalhos que até então foram vistos apenas no papel. Como ele vai confiar na nossa gestão se não sabe como está sendo conduzida a obra? Então, essa é uma oportunidade para mostrar as nossas necessidades e conquistas”, afirma Cristiane.
Prevenção a incêndio
A gerente explica que as parcerias possibilitaram não só as melhorias no parque, mas também a criação de um plano de prevenção, controle e combate a incêndios florestais. Por meio dele, foi possível a instalação de uma brigada municipal mista na unidade.
O plano é resultado da pós-graduação voltada para a temática ambiental com foco em queimadas e conservação da Amazônia Legal. A capacitação foi realizada pela Secretaria de Estado de Gestão (Seges-MT), por meio da Escola de Governo, em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso.
Sobre o parque
O Parque Estadual da Serra Azul possuiu 11 mil hectares, no município de Barra do Garças, e tem a vegetação de Cerrado. Foi criado como uma das 46 unidades de conservação do estado a partir da Lei nº 6.439, de 31 de maio de 1994.
A unidade foi fechada entre o fim de agosto e início de setembro de 2014, em razão de uma ação recomendatória do Ministério Público Estadual (MPE), depois que um incêndio queimou 80% da cobertura vegetal da área. Na época, entendeu-se que o órgão ambiental não tinha condições de manter a conservação do parque para uso público, nem para proteção da biodiversidade. O conselho consultivo não estava em funcionamento, bem como o plano de manejo para o local não estava implantado.