Barra do Garças recebe visita do presidente da EMPAER

por Konrad Felipe / Assessor de imprensa da Câmara de Barra do Garças — publicado 27/11/2015 14h40, última modificação 27/11/2015 14h37
Na manhã de quarta-feira (25/11), o presidente da EMPAER-MT, Layr Mota da Silva, visitou a unidade de Barra do Garças com o intuito de avaliar as condições que se encontra a unidade e fazer um levantamento dos trabalhos desenvolvidos na instituição.

Na manhã de quarta-feira (25/11), o presidente da EMPAER-MT, Layr Mota da Silva, visitou a unidade de Barra do Garças com o intuito de avaliar as condições que se encontra a unidade e fazer um levantamento dos trabalhos desenvolvidos na instituição.

Presidente da EMPAER-MT, Layr Mota da SilvaPresidente da EMPAER-MT, Layr Mota da SilvaLayr é pecuarista e foi prefeito do município de Figueirópolis d'Oeste (MT), de 2005 a 2012, ocupa a cadeira de presidente da EMPAER há 11 meses, e disse que a instituição passa por um momento muito difícil. “A EMPAER precisava de um choque de gestão, porque tínhamos uma instituição endividada com funcionários desmotivados sem expectativas. Nesses 11 meses que estou à frente da EMPAER, já conseguimos mudar essa situação e dar motivação aos funcionários desse órgão tão importante para o desenvolvimento da agricultura familiar em nosso Estado”.

Segundo o presidente, a EMPAER atualmente atende cerca de 104 mil famílias em todo o Estado, conseguindo bater as metas previstas, com 123 escritórios em todo o Estado. “A EMPAER estava abandonada em todo o Estado, ouvi relatos que há 15 anos as unidades não eram visitadas pelo presidente, além de não ter veículos, computadores e internet para os funcionários. Mas este cenário está mudando, nessa gestão já adquirimos 80 computadores e impressoras, 15 veículos, demonstrando que o governo Pedro Taques está fazendo a diferença, mandando todos os meses recursos para a manutenção dos escritórios, dando mais dignidade aos servidores, e quem ganha com isso é o produtor que recebe um atendimento de qualidade”, relatou.

Presidente da Câmara, vereador Miguelão (PSD)Presidente da Câmara, vereador Miguelão (PSD)

Na oportunidade, o presidente da câmara, vereador Miguelão (PSD), acompanhou a visita do presidente e falou sobre as demandas para o município. “O Layr é bem-vindo em nossa cidade, do pouco que conversei com ele percebi que é um cidadão simples e participativo, e a presença dele aqui em nossa cidade demonstra que ele está com vontade de fazer, porque sempre acompanhamos os trabalhos da EMPAER e nos últimos tempos a participação e o espaço dela só vêm diminuindo. Perguntei para o presidente sobre a construção da sede própria da EMPAER aqui em Barra do Garças que está parada há muito tempo, para que ele repasse essa demanda para o governo do Estado para que essa construção  termine e Barra tenha uma sede própria da EMAPER, dando melhores condições de trabalho aos servidores, e o Layr demonstra essa vontade de fazer as coisas acontecer”, comentou.

A EMPAER

A Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (EMPAER) tem como missão atender as demandas atuais e futuras da agricultura familiar, com geração, adaptação, validação e transferência de tecnologia e fomento, visando a viabilização do agronegócio para os diferentes ecossistemas do Estado, no enfrentamento dos principais problemas que afetam de forma negativa o ambiente sócio-econômico, com inserções de informações tecnológicas para aumentar a competitividade, reduzir custos, desenvolver novos produtos, processos e serviços no âmbito da cadeia produtiva dos vários segmentos da agropecuária de Mato Grosso.

INFRA-ESTRUTURA

É constituída por uma Diretoria de Pesquisa uma Coordenadoria de Pesquisa, 2 Centros Regionais de Pesquisa e Difusão de Tecnologia (CRPDT - Cáceres e Sinop), 6 Campos Experimentais (Canarana, Juína, Nossa Senhora do Livramento, Rosário Oeste, São José dos Quatro Marcos e Tangará da Serra), 4 Viveiros de Produção de Mudas (Cáceres, Rondonópolis, Rosário Oeste e Várzea Grande) e 5 Laboratórios (Solos, Adubos e Corretivos, Nutrição, Fitopatologia e Entomologia e Controle Biológico) em Várzea Grande.

Possui uma equipe composta por 33 pesquisadores, sendo 5 doutores, 20 mestres e 8 bacharéis, além de 12 técnicos agropecuários, lotados nas unidades de pesquisa e produção.

PARCERIAS DA PESQUISA

A Empaer está conduzindo seus projetos de pesquisa em parceria com diferentes instituições públicas e privadas, tais como:  

CEFET (Centro Federal de Educação Tecnológica), CEPROTEC (Centro Estadual de Educação Profissional e Tecnológica de Mato Grosso), CESUR (Centro de Ensino Superior de Rondonópolis), EMBRAPA, FAPEMAT (Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Mato Grosso), FUNDAPER (Fundação de Amparo a Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural), Prefeitura de Campo Novo do Parecis, Nossa Senhora do Livramento, São José do Rio Claro, Jangada, Várzea Grande, Alto da Boa Vista, Luciara, Bom Jesus do Araguaia, São Felix do Araguaia, Confresa, Cana Brava do Norte, Santo Antonio do Leverger, Juruena e Paranatinga, UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), UNEMAT (Universidade do Estado de Mato Grosso) e UNIVAG ( Centro Universitário de Varzea Grande).

PROGRAMAS E PROJETOS DE PESQUISAS

A Empaer-MT vem atuando em 10 programas de pesquisa. Dentro destes programas a empresa desenvolve 48 projetos com 182 experimentos e 99 unidades de validação, distribuídos em 43 municípios representativos das principais regiões do Estado.

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELA EMPAER-MT

FEIJÃO

A obtenção de novas cultivares de feijão para o Estado de Mato Grosso tem sido conseguida através dos trabalhos de pesquisa da Empaer e Embrapa, buscando assim materiais genéticos mais produtivos e de boa aceitação pelo consumidor, com ênfase também nas cultivares direcionadas para a agricultura familiar. Destes trabalhos destaca-se a cultivar Pérola, que é a mais plantada no estado, Jalo Precoce, BRS Valente, BRS Timbó, BRS Requinte e BRS Pontal, sendo as duas últimas lançadas recentemente (2004). No Estado já se tem consciência de épocas mais recomendadas para o plantio (outuno-inverno) no sistema irrigado, ou plantio do feijão da seca, em regiões de temperaturas mais amenas com solos corrigidos e adubados o que tem permitido a elevação da produtividade nos últimos 10 anos de 550 a 1200 kg/ha.

ARROZ

Mato Grosso é atualmente o maior produtor de arroz de terras altas e o segundo do Brasil em produção total, superado apenas pelo Rio Grande do Sul, onde o arroz é irrigado. O arroz, antes cultivado como opção quase exclusiva para abertura de área, é agora alternativa economicamente viável para rotação de culturas. Nos últimos anos a EMPAER-MT, juntamente com a EMBRAPA, recomendou 22 cultivares de arroz de terras altas para o Estado, com ênfase para as cultivares Maravilha, Primavera, Bonança, BRS Talento e BRS Soberana e ultimamente BRS Colosso e BRS Curinga com qualidade de grão tipo agulhinha.

MILHO

O Brasil se caracteriza por fazer semeaduras de milho em duas épocas diferentes de acordo com a região, o que representa uma realidade de duas colheitas. Na safra 2004/2005, a semeadura realizada como cultivo tardio, também chamado de safrinha, contribuiu com 22% da safra total nacional de milho.

A cultura do milho em Mato Grosso, considerando a soma das duas safras, ocupa o segundo lugar em área cultivada, com 1.048,3 mil ha (914,6 mil ha na safrinha), com uma produção de 3.470,7 mil toneladas (2.938,6 mil toneladas na safrinha) e uma produtividade média de 3.262 kg ha-1, que está acima da média nacional, porém, abaixo do potencial da cultura. Analisando a produção de milho nos últimos quinze anos, verifica-se que a área cultivada aumentou em 261,5% no período, passando de 290 mil ha em 1991 para 1.048,3 mil ha, enquanto a produção cresceu 396,6% no mesmo período, graças ao aumento substancial da produtividade.

Com o objetivo de promover um trabalho cooperativo e integrado na avaliação de cultivares, visando testar o potencial de produção nas diferentes condições edafoclimáticas locais e regionais, com ênfase à estabilidade de produção de grãos nos sistemas de cultivo adotados em Mato Grosso, a EMPAER-MT planeja e coordena anualmente o Ensaio Estadual de Milho Safrinha que é constituído pelas cultivares de milho comercializadas ou em fase de lançamento pelas empresas produtoras, com previsão para comercialização no Estado.

TRIGO

O trigo é uma importante opção para a região dos cerrados tanto na rotação de culturas para a produção de grãos, como no aproveitamento de sua palha no sistema de plantio direto. Devido às condições favoráveis o trigo, especialmente em condições de irrigação, apresenta aptidões produtivas e industriais superiores na região central em relação à região sul do país, além de ser mais competitivo em preço no mercado nacional, em função da produção na região dos cerrados ocorrerem na entressafra do sul do Brasil e da Argentina.

O trigo de sequeiro no cerrado, quando cultivado em altitude adequada, apresenta boas perspectivas, podendo contribuir inclusive para aumentar a produção nacional, a partir da utilização de cultivares adaptadas às condições locais, atributo importante da pesquisa.

Os trabalhos de validação tecnológica realizados em Mato Grosso evidenciam o bom comportamento das cultivares Aliança, BR 18-Terena e Brilhante (para cultivo de sequeiro), além das cultivares Embrapa 22, Embrapa 42, BRS 210, BRS 254, BRS 264 (para cultivo irrigado).

A edição da 1º Diretrizes de trigo para Mato Grosso deverá também servir para dar suporte científico a expansão de forma sustentada da cultura no Estado.

MINIMILHO

A Empresa vem desenvolvendo projetos inovadores direcionados para a agricultura familiar, pesquisando alternativas viáveis técnica e economicamente para atender ao produtor e a sua mão-de-obra geralmente familiar. É o caso do minimilho que é considerado uma forma especial de consumo do milho. “Baby corn” ou minimilho é o nome dado às espigas jovens (espiguetas) não polinizadas, isto é, antes da formação dos grãos de qualquer tipo de milho. Esse é um produto promissor tanto para o mercado externo, europeu e americano, como para o interno, principalmente porque, o produto nas prateleiras dos supermercados já mostra o potencial do mercado consumidor brasileiro. Em 2004, a EMPAER-MT testou duas cultivares para fins de industrialização de minimilho, uma de milho doce e outra de milho pipoca, em duas épocas de plantio. A cultivar de milho pipoca mostrou-se mais adequada e viável tecnicamente à produção de minimilho devido às suas características agronômicas. Essa tecnologia apresenta-se como uma alternativa econômica para o desenvolvimento da agricultura familiar e da pequena agroindústria.

FLORES TROPICAIS

Estão sendo implantados projetos de pesquisas com flores tropicais nos municípios de Rondonópolis, Várzea Grande e Cáceres, visando a produção ornamental e como alternativa para apoiar a agricultura familiar. Estão sendo estudadas Bastão-do-imperador, Helicônias, Capuchinhas, Rosas e Hibiscos.

MANDIOCA

Foi montado um jardim clonal no Campo Experimental de Rosário Oeste, com 97 genótipos, entre variedades tradicionais e introdução de novas variedades de mandioca, tais como: Olho Junto, Espeto e Fécula Branca que são recomendadas para o Estado de Mato Grosso para produção de fécula devido a alto teor de amido. Este trabalho tem como objetivo o desenvolvimento da cultura na baixada cuiabana bem como dar suporte ao funcionamento da fecularia, no município de Rosário Oeste, com capacidade para produzir 450 toneladas de mandioca por dia. A indústria vai necessitar de imediato para o funcionamento de aproximadamente 8.000 ha de mandioca por ano, para produção de fécula, polvilho doce e azedo, sagu e produção de farinha de mandioca pelos agricultores familiares. Gerando empregos diretos e indiretos na cadeia produtiva da mandioca.

Aproximadamente 15 mil pequenos produtores cultivam a cultura da mandioca em Mato Grosso. A cultura exerce um importante papel na alimentação humana e animal devido ao seu alto valor energético, sobretudo entre as classes de menor poder aquisitivo. É uma importante atividade sócio-econômica para o Estado, gerando emprego e renda, tanto nas áreas rurais, através dos processos de produção e industrialização como nas áreas urbanas, através da comercialização.

BANANA

A bananicultura no Estado enfrenta vários problemas, como falta de mudas isentas de pragas e doenças, falta de variedades resistentes as doenças e recentemente com a introdução da sigatoka negra, em 1998, resultou em uma queda de 70% da área plantada de banana no Estado de Mato Grosso. A Empaer-MT juntamente com parceiros está empenhada na recuperação da cultura, enfatizando a implantação de unidades de observação e projetos de pesquisas em regiões representativas do Estado, com introdução e avaliação de cultivares de banana resistentes à Sigatoka negra e ao Mal-do-Panamá. Espera-se com este trabalho satisfazer as expectativas dos bananicultores, disponibilizando tecnologia de produção e recomendação de cultivares mais produtivas e resistentes à Sigatoka negra e ao Mal-do-Panamá, promovendo a geração de renda para a agricultura familiar.

GOIABA

Estão sendo avaliadas no Campo Experimental de Rosário Oeste seis variedades de goiaba para indústria e consumo in natura (Sassaoka, Ogawa, Paluma, Rica, Pedro Sato e Kumagai) com objetivo de apoiar o desenvolvimento da cultura no Estado. O estudo irá definir as variedades mais produtivas.

ABACAXI

O Governo do Estado através da Empaer-MT e juntamente com prefeituras da região do Alto Araguaia e da região de Juína, estão promovendo o desenvolvimento da cultura do abacaxi. Atualmente o município de Tangará da Serra tem uma área plantada de 210 ha e outros municípios estão em fase de implantação. Para o inicio de funcionamento da indústria necessita-se de no mínimo 500 ha em produção. A indústria de polpa concentrada está sendo construída em Tangará da Serra, com capacidade para 100 toneladas de polpa por dia. Para dar suporte a este processo a Empaer está desenvolvimento projetos de pesquisas, além de atuar fortemente na área de assistência técnica.

MANGA

A expansão da cultura da manga no Estado de Mato Grosso, especialmente na região da baixada cuiabana, vem provocando uma crescente demanda por tecnologias. O potencial existente nesta região para a exploração desta cultura faz desta atividade um ótimo negócio para o desenvolvimento socioeconômico da pequena propriedade da região. A manga é uma fruta saborosa e nutritiva, com alto teor de vitaminas, proteínas e calorias, sendo importante fonte de alimento da família rural. Os trabalhos de pesquisas realizados pela Empaer-MT com a manga tem como finalidade principal apoiar o desenvolvimento da cultura no Estado, através de seleções de variedades mais produtivas, melhor aceitação comercial e resistentes às principais pragas e doenças.

CAJU

O Estado de Mato Grosso apresenta um potencial para a exploração e expansão da cultura do caju, tornando-se uma alternativa de renda para agricultura familiar. No ano de 2000 houve um incentivo ao plantio de caju pelo Governo do Estado, Secretaria de Agricultura e a empresa Panflora, iniciando nos municípios de Rosário Oeste, Jangada, Acoirizal e Nobres, atualmente encontra-se distribuídos em grande parte do Estado. Devido ao pouco estudo sobre o plantio comercial de novos clones de caju-anão-precoce, a Empaer vem atuando em ações de pesquisa na identificação de clones mais produtivos e resistentes à pragas e doenças.

MAMONA

A pesquisa da mamona pela Empaer-MT teve um grande avanço considerando que até 1999 pouco se conhecia sobre a sua adaptação no Estado. Sendo assim já se tem épocas de plantio indicadas para as cultivares de ciclo longo – 240 dias (novembro a meados de dezembro); ciclo médio – 180 dias (meados de dezembro a janeiro) e ciclo curto - 160 dias (mês de fevereiro). Pelos estudos realizados as cultivares de ciclo médio principalmente a Guarani e Mirante 10 e a de ciclo curto – híbridos (Savana, Cerradão e Iris ) tem sido as mais recomendadas para plantio. A variedade IAC 80, por ser semideiscente tem sido aceito pela agricultura familiar, que é de ciclo longo.

Atualmente a ênfase da pesquisa da ricinocultura é na área de melhoramento vegetal, na obtenção de genótipos mais produtivos, juntamente com uso de uma adubação mais adequada às condições climáticas do Estado.

GIRASSOL

As ações com a cultura do girassol estão sendo desenvolvidas nos municípios de Cáceres, São José dos Quatro Marcos, Sinop e Alto Boa Vista, com o objetivo de implementar o seu cultivo no Estado, em especial, nas áreas ocupadas por agricultores familiares, considerando as múltiplas vantagens dessa cultura como fonte de óleo comestível e de proteína para alimentação animal e humana, bem como a produção de biodiesel, contribuindo para a inclusão social e para o aumento da renda da família rural.

ALGODÃO

Os pesquisadores da Empaer atualizaram as diretrizes técnicas para a cultura do algodão no Estado de Mato Grosso com o lançamento recente da publicação.

Para apresentar novas tecnologias ao pequeno produtor foi mostrado em São José dos Quatro Marcos (315 km a Oeste de Cuiabá), a Unidade com o plantio de algodão e receberam a notícia em primeira mão, que em breve será disponibilizado o algodão colorido para os agricultores familiares, adaptados às condições de solo e clima do Estado. As pesquisas apontam que em menos de 2 anos, o produtor poderá produzir algodão da cor marrom com excelentes características tecnológicas. Esse trabalho de pesquisa está sendo desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em parceria com a Empaer.

PLANTAS MEDICINAIS

O Programa Estadual de Fitoterápicos, Planta Medicinais e Aromáticas com fins Terapêuticos e Alimentares (Fitoplama), alavanca o desenvolvimento das plantas medicinais e seu uso, agregando valor e incentivando o cultivo. Os técnicos da Empaer estão incentivando 100 produtores de vários municípios do Estado a utilizar uma área de 1 a 2 hectares de terra para produção de mudas de 17 espécies diferentes de plantas.

Para garantir o cultivo das plantas medicinais e aromáticas serão distribuídas 800 mil mudas, com recursos do Ministério do Desenvolvimento Agrário e do governo do Estado de Mato Grosso no valor de R$ 200 mil. O produtor poderá também solicitar recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Toda produção será utilizada para a industrialização de medicamentos que serão distribuídos no hospital Júlio Muller.

SERINGUEIRA

A Empaer desenvolve pesquisa com a cultura da seringueira nas áreas de avaliação de clones, adubação, sistemas de sangrias, doenças e pragas e em Sistemas Agroflorestais, nos municípios de São José do Rio Claro, Colider, Juína, Sinop e Rosário Oeste. Os experimentos de avaliações de clones permitiram recomendar sete novas variedades de seringueira com produtividades superiores aos já plantados no Estado. Com as informações técnicas disponíveis, recomenda-se que a cultura fosse utilizada como reposição florestal recentemente aprovada pelo governo do Estado.

SISTEMA AGROFLORESTAIS - SAF’S

Os Sistemas Agroflorestais auxiliam na redução do desmatamento de novas áreas, criando condições de permanência da família rural em sua propriedade, viabilizando a ocupação da mão-de-obra durante o ano e contribuindo na manutenção do equilíbrio ecológico dentro da propriedade rural.

A Empaer em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) estão desenvolvendo estudos e projetos para implantação de Saf's em 11 comunidades rurais situadas no entorno de áreas de preservação permanente e em áreas indígenas na região Noroeste do Estado. A Empaer tem um projeto para atender 41 propriedades rurais beneficiando 250 produtores indiretamente e 1.250 pessoas diretamente.  

FORRAGEIRAS

No município de Tangará da Serra (215 km ao Norte de Cuiabá) estão sendo avaliados 14 novos clones de capim elefante para corte e pastejo mais produtivos e adaptados às condições de solo e clima do Estado de Mato Grosso. Esses materiais foram preliminarmente avaliados em um experimento com 50 materiais genéticos, no município de Santo Antônio de Leverger e na fazenda da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

PISCICULTURA

O desenvolvimento da piscicultura no Brasil vem sendo objetivo de preocupação secular de cientistas e produtores, pelo fato de ser uma excelente fonte alternativa de alimentos, além de boas perspectivas de lucro e geração de empregos. Atualmente a Empaer conduz dois projetos de pesquisas com as espécies matrinchã e pintado. Além de disponibilizar todas as tecnologias de reprodução e produção de espécies pacu, tambacu, piraputanga, piau e curimbatá, em sua Estação de Piscicultura no município de Nossa Senhora do Livramento.

FOMENTO

A Estação Experimental de Piscicultura e Suinocultura da Empaer, localizada no município de Nossa Senhora do Livramento (35 km ao Sul de Cuiabá) produziu 1 milhão de alevinos e 700 unidades de matrizes e reprodutores de suínos. A Estação produz alevinos de pacu, tambacu, piavuçu, curimbatá e piraputanga para recria e engorda e possui uma área de pesquisa para verificar o comportamento das espécies, ganho de peso, crescimento e alimentação.

A Estação possui 33 tanques de reprodução, sendo 9 de pesquisa e 24 de recria e ainda possui uma estrutura para comercializar aproximadamente 1 milhão de alevinos por ano. Durante a semana são vendidos entre 40 a 50 mil alevinos.

CONTROLE BIOLÓGICO

No Laboratório de controle biológico da Empaer estão sendo produzidos fungos para combater as pragas que atacam as forrageiras, cana-de-açúcar, bananeira e seringueira.

Com objetivo de apresentar uma alternativa eficiente e viável de controle está sendo multiplicado para os pecuaristas o fungo entomopatogênico Metarhizium anisopliae que combate às cigarrinhas da cana-de-açúcar e pastagens.

Estão multiplicando também em laboratório os fungos Sporothrix insectorum que controla o percevejo de renda e Dicyma pulvinata que controla o mal das folhas que ataca a cultura da seringueira e a Beauveria bassiana que controla a praga do moleque da bananeira. O Laboratório foi montado para produzir 150 quilos do fungo Metarhizium por dia e 20 toneladas por ano, com capacidade para ampliar a produção para 50 toneladas/ano.

Atualmente 2 milhões de hectares de terra no Estado de Mato Grosso são atacados pelas cigarrinhas das pastagens e nos últimos anos a incidência dessa praga vem aumentando, principalmente nas áreas de gramíneas do gênero brachiaria, que são altamente susceptíveis ao ataque das cigarrinhas. E os prejuízos causados pela infestação reduzem a produção de carne e leite por área.

O controle biológico com o Metarhizium apresenta 80% de resultados, podendo assim, manter a população de cigarrinhas abaixo do nível de dano econômico.

O Metarhizium é um produto totalmente natural que não causa problemas ao homem e não provoca desequilíbrio ao meio ambiente. O fungo depois de aplicado é permanente e age por mais tempo no controle dos insetos e é considerado o produto mais barato do mercado em comparação com os agrotóxicos utilizados.

 

Especificação   2003 2004 2005   TOTAL

Mudas – Nativas, Frutíferas e Florestais 405.202 1.115.471 2.455.000 3.975.673

Alevinos    439.03 335.833 750.000 1.524.870

Suínos    439 383 450 1.272

Fungos- Metharyzium (Kg)   2500 17.930 30.000 50.430

Análise Laboratoriais   12.659 10.061 17.500 40.220

 

Além das unidades está previsto a implantação do laboratório de cultura de tecidos para propagação in vitro de mudas de bananeira resistentes às principais doenças e um programa de melhoramento genético da bananeira para o Estado. Espera-se inserir no sistema de produção cultivares mais produtivas e resistentes, aumentando com isso a área de plantio e a produção da cultura.