Mato Grosso contará com três novas usinas de etanol

por Andréia Sversut | Vice-governadoria — publicado 25/10/2017 14h51, última modificação 25/10/2017 14h51
Fávaro se reuniu com o secretário de Energia e Mineração de SP para conhecer as políticas do estado para a produção de etanol, já que SP ocupa a liderança na produção no país

Ainda neste ano, Mato Grosso contará com a retomada de um grande projeto implantado pela Cluster de Bioenergia S/A que envolverá a construção de três usinas de etanol. Sintonizado com o conceito de verticalização da produção no estado, o vice-governador Carlos Fávaro se reuniu com o secretário de Energia e Mineração de São Paulo, João Carlos de Souza Meirelles, para conhecer as políticas do estado para a produção de etanol, já que São Paulo ocupa a liderança na produção de etanol no Brasil. 

"Mato Grosso tem hoje a primeira usina de etanol feito exclusivamente de milho do país. Além disso, possui nove usinas de etanol à base de cana-de-açúcar, sendo duas que já produzem de forma flex – à base de cana e milho -  e uma terceira que está sendo implementada no mesmo modelo. Em função de todo esse potencial, estamos atentos às oportunidades, por isso é importante conhecer o know how de quem é o maior produtor de etanol do país", disse Fávaro.

Durante a reunião, o secretário João Carlos Meirelles destacou a importância da cooperação entre os dois estados. “São Paulo e Mato Grosso tem uma sinergia de temas e projetos muito grande. Queremos incrementar a cooperação entre os estados no setor de energias renováveis, principalmente nas áreas de biocombustíveis e solar fotovoltaica que o estado mato-grossense está expandindo fortemente nas novas fronteiras do estado”, avaliou. 

Sobre a retomada da construção das plantas em Mato Grosso, o vice-governador o explicou que, inicialmente, o projeto prevê a instalação de uma usina no município de Barra do Garças e, a médio e longo prazo, nos municípios de Nova Xavantina e Água Boa. "O projeto foi paralisado pelos investidores em função da crise econômica do país, entretanto, será retomado e, nessa nova fase, as indústrias serão flex, ou seja, além de cana-de-açúcar, também utilizarão o milho, diferente do planejamento anterior", disse. 

O grupo já havia destinado R$ 50 milhões na fase inicial do projeto e agora, nessa retomada, os investimentos serão da ordem de R$ 1 bilhão. Com a construção da usina em Barra do Garças, serão gerados 2.400 empregos na primeira fase e atingirá 4.500 empregos diretos no município. “A reunião ocorreu, inclusive, em atendimento à demanda do secretário de Indústria e Comércio de Barra do Garças, Fabiano Dall Agnol”, destacou Fávaro.

De acordo com ele, no tocante à Secretaria de Meio Ambiente (Sema) será feita a renovação do licenciamento, pois já todos os trâmites legais já foram realizados, como audiência pública e o Estudo  de Impacto Ambiental (EIA-Rima). A reunião ocorreu no gabinete do secretário, na capital paulista, na última sexta-feira (20.10).